O FILHO DA POETISA

Dos seios maternos jorram versos

Que me alimentam na minha fase oral.

As minhas roupinhas são feitas de estrofes:

Monóstico ... dístico... terceto... quadra...

Meus calçados são feitos de rimas:

Rimas preciosas... raras... ricas...

Meus brinquedos são construídos

Em versos brancos, soltos, metrificados;

Na pior das hipóteses em versificação livre.

Á noite, meus sonhos têm as presenças

Do deus grego da poesia Apolo/ Febo,

Ou do deus egípcios da escrita Thoth.

Inspiração para mim é um ser mitológico,

Pura lenda, que nada tem haver com a realidade.

Cada verso que escrevo é como ar que inspiro

E agora libero para que a folha de papel

Possa fazer a sua fotossíntese literária.

Meus poemas são criaturas celestiais

Que visam humanizar o coração humano

A cada dia petrificado pela ganância de ter,

Possuidor de olhos que olham para o próprio umbigo

Por causa de da viseira econômica pessoal.

Minhas poesias abduzem os leitores ao Monte Parnaso,

Onde as musas são anfitriãs, o ambiente bucólico um paraíso,

E a brisa toca os nossos ouvidos recitando texto de escritores renomados.

Não é à toa que o no mundo literário sou batizado como O FILHO DA POETISA;

Não é á toa que por onde eu passo deixo como pegada

Um texto oriundo do gênero lírico.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 26/08/2011
Código do texto: T3184056