O FILHO DA POETISA
Dos seios maternos jorram versos
Que me alimentam na minha fase oral.
As minhas roupinhas são feitas de estrofes:
Monóstico ... dístico... terceto... quadra...
Meus calçados são feitos de rimas:
Rimas preciosas... raras... ricas...
Meus brinquedos são construídos
Em versos brancos, soltos, metrificados;
Na pior das hipóteses em versificação livre.
Á noite, meus sonhos têm as presenças
Do deus grego da poesia Apolo/ Febo,
Ou do deus egípcios da escrita Thoth.
Inspiração para mim é um ser mitológico,
Pura lenda, que nada tem haver com a realidade.
Cada verso que escrevo é como ar que inspiro
E agora libero para que a folha de papel
Possa fazer a sua fotossíntese literária.
Meus poemas são criaturas celestiais
Que visam humanizar o coração humano
A cada dia petrificado pela ganância de ter,
Possuidor de olhos que olham para o próprio umbigo
Por causa de da viseira econômica pessoal.
Minhas poesias abduzem os leitores ao Monte Parnaso,
Onde as musas são anfitriãs, o ambiente bucólico um paraíso,
E a brisa toca os nossos ouvidos recitando texto de escritores renomados.
Não é à toa que o no mundo literário sou batizado como O FILHO DA POETISA;
Não é á toa que por onde eu passo deixo como pegada
Um texto oriundo do gênero lírico.
O FILHO DA POETISA