Poema sórdido

São reles os escritos na velha tumba

Blefam rezas néscias à equívoca sina

Impreco que a eternidade dos céus sucumba

Se este corpo não for devorado em rotina

Oh nematódeo! Tenha pena d’este ser

Morra ti, pois és turvo

Afoga-te em fome, mas conserva o rei!

Agouro os choros todos

Maldigo-os, hipócritas!

Ilibam-se ao tocar um corpo

Réstias fétidas de humanidade sórdida

Todos hão de apodrecer sem cerimônia

Servos cegos da burocracia infinda

Engolidos serão pela própria desonra!

Duda Checa
Enviado por Duda Checa em 26/08/2011
Reeditado em 08/09/2011
Código do texto: T3183617
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