Poema sórdido
São reles os escritos na velha tumba
Blefam rezas néscias à equívoca sina
Impreco que a eternidade dos céus sucumba
Se este corpo não for devorado em rotina
Oh nematódeo! Tenha pena d’este ser
Morra ti, pois és turvo
Afoga-te em fome, mas conserva o rei!
Agouro os choros todos
Maldigo-os, hipócritas!
Ilibam-se ao tocar um corpo
Réstias fétidas de humanidade sórdida
Todos hão de apodrecer sem cerimônia
Servos cegos da burocracia infinda
Engolidos serão pela própria desonra!