XXVIII

a dor é virtual

não me lança à cama

não me sangra os punhos

não me lava o rosto em lágrimas

à noite a dor

envolta à luz da sala

devolve-me a inspiração

perdida na rotina do dia

flor negra flor

a esconder os temores

ó virtual dor

de inconseqüentes desejos

Ronaldo Giusti
Enviado por Ronaldo Giusti em 26/08/2011
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