XXVIII
a dor é virtual
não me lança à cama
não me sangra os punhos
não me lava o rosto em lágrimas
à noite a dor
envolta à luz da sala
devolve-me a inspiração
perdida na rotina do dia
flor negra flor
a esconder os temores
ó virtual dor
de inconseqüentes desejos