XXVI
boa tarde, viajante!
é chegada a hora
parte sem medo que o barco é seguro
o mar revolto cansou de esperar
é só calmaria
e de dia o sol queima
o que deixaste para trás
longe o tempo da desesperança
abraça o presente e colhe o futuro
é luz e ainda não é o fim do túnel
é esperança
mas não espera
que as horas tu mesmo fazes
à noite o cansaço da lida te faz adormecer
no balanço da calmaria do mar
acorda viajante!
é hora de aportar
todos se despedem
só tú te reencontras com o passado
mágoas ressentimentos e prantos
ficaram nas águas atlânticas
o passado agora é presente
anda viajante!
chora a última lágrima