Olhar

Meus olhos penetram a noite

Culminados de silêncio,

O ventre noturno faz-se no céu

Em sua mais feérica aparição

Os olhos seguem adiante

Destorcidos no espaço e

Contrastados na face

Atravessam toda a extensão do invisível

Veem-se no espelho de outros olhos

E num piscar deixam prender-se

No sorriso de alguém

O céu está mais estrelado

Que a mangueira repleta de mangas

Com desconhecidos

Pegando mangas maduras

O pensamento caiu

Ninguém o viu

E os olhos continuam

Noite adentro no pensamento

Odirlei Lopes
Enviado por Odirlei Lopes em 24/08/2011
Reeditado em 28/09/2011
Código do texto: T3179531
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.