Vésper domina a tarde de vermelhos
Estar em tudo e em coisa alguma permanecer
Cascata em descida, do rio a corrida
Do vento a liberdade e os silêncios crepusculares
Da manifestação da natureza aos pares
O vôo das andorinhas tece o entardecer
Das origens nos teares
O negrume do caos inicial
Em cachos de verde
Vésper domina a tarde de vermelhos
Abre-se a noite, fonte d’espelhos
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Tanta poesia invade o comentário do poeta OLÍMPIO DE ROSEH:
Saudações fraternais... Eu não diria nada, ficaria em silencio. Mas, direi! Direi que na semana passada, na sexta feira, quando o dia já dava sinais de seu fim; o céu da minha terra se cobriu de negras asas, longas asas de gaivotas... Roseh e eu sentados em meio ao jardim de nossa casa, olhavamos em silencio a procissão das aves que do oeste rumavam para o leste, deixavam o mar e se iam para a terra. No céu, lá para o alto tua poesia aguardava o momento...