Butterfly

Voa a borboleta

há pouco liberta

do casulo que a guardava,

do casulo

que lhe sufocava.

Voa outros jardins

experimentando

afagos dourados

e os novos caminhos

encontrados.

Voa borboleta renovada

nas incertas estradas

das certezas abaladas.

Voa na imensidão

dos Céus abertos

e dos sonhos despertos.

Voa imersa,

voa dispersa.

É a vida

que lhe regressa.

Para Cristina