Vento gelado

Depois de uma semana de sol ardido

Fui surpreendido pelo frio

Fiquei sob meu cobertor escondido

Fugindo desse vento gelado e sombrio.

Lá fora caía uma chuva fina

E com ela a neve esvoaçava

Molhava lentamente a insistente neblina

Que cada vez mais fria ficava.

E nessa queda de temperatura

Obriga a gente a tirar do baú um casaco

E a pele apresenta esbranquiçada e com rasura

Sem aquele brilho intenso e opaco.

Mas quando a noite chega e me abraça

Percebo nitidamente que o frio aumenta

Como se a gente fosse dela uma caça

Que sofre as conseqüências mais lentas.

E feito um lobo sem pelo e vadio

Fico à espera do sol esquentar

Enquanto a corrente de ar saboreia esse frio

E cheio de frio eu não vou levantar.

Minha lareira acesa, toda casa se aquece

Saboreio um vinho importado e penso em ti

A saudade me aborda e estremece

E dentro das limitações vou dormir.

E amanhã quando os raios solar aparecer

Eu deixarei minha cama e irei sair

Tenho outra semana pra sonhar e viver

Antes que uma névoa intensa possa impedir.

Francisco de Assis Silva é Bombeiro Militar em Rondonópolis,

Email assislike@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 23/08/2011
Código do texto: T3177509
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