Flor do Cardo com sua vistosa cor lilás no meio de um emaranhado de espinhos que poucos se atrevem a colher.
Esta singela beleza não é exigente, sobrevive em ambientes infecundos, rochosos e resiste ao calor e à sede.







CAMINHANDO SOBRE ESPINHOS
 
E serenamente pela vida caminhamos
Pisando e afastando afiados espinhos,
Constantemente vestindo mágoas e tristezas...
Como são duros e áridos nossos caminhos!

 
(Inspiração colhida no belíssimo indriso «Espinhos» da brilhante poetisa Ana Stoppa.)
 

Ana Flor do Lácio (17/08/2011)









O Cardo nasce espontaneamente na maior parte dos países europeus, especialmente em Portugal, devido às favoráveis condições atmosféricas. Sua flor contém grande concentração de substância coagulante, a enzima cinarase, e é utilizada na coagulação de leite para a produção de queijo. A infusão da flor, previamente preparada, é lançada no leite morno, após a pasteurização. Junho, Julho e Agosto são os únicos meses em que está em flor e a produção de queijo faz-se durante todo o ano, por isso os queijeiros têm de secar e armazenar esta preciosidade. Outra opção é importá-la a preços bastante elevados, o que acontece nos anos em que a colheita não atinge as 140 toneladas necessárias para a exigência do consumo anual da queijaria tradicional portuguesa. Quem diria que esta singela flor atinge preços elevadíssimos no mercado internacional! Durante minha infância tive a felicidade de ver minhas avós fabricarem o queijo desta forma artesanal.



Ouvindo: Fado «Flor do Cardo» na voz da fadista Aldina Duarte
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 22/08/2011
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T3176341
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