(~^~) BANHO DE SAUDADE (~^~)
— Amor! Amor! Mais devagar!
Não corras tanto assim,
voe pra perto de mim!
Abra as asas trémulas ao vento...
Onde vos dirigis? Te preciso!
O Amor e o Tempo — Nesse momento
Brasa e carvão, a nossa aspiração mais violenta
Para sempre um ao outro, Eu e Tu, pertencemos,
Como o lilás onde nasce e floresce o que nos alimenta
O vento ergue o luar dentro do meu corpo;
com o desespero de mar à tua volta
um pouco de sol adormecido na ternura.
Eu tenho soluços, febre, e absurdos desejos
maiores que os braços,
desta língua num romance diário dos teus olhos -
a alma parando atrás do infinito
entre os dedos a brancura quente do amor
com um pouco de barco e de vento
Minuto que há sem fim no teu retrato;
e a saudade vem banhar-se,
lenta, nos meus olhos...