Um ponto de vista
Uma pedra ao lado de uma estrada
Fitava a pedra do outro lado postada
Leito condutor, onde a vida passava
Donas da sina, que libera ou trava
Balizas de todo universo que anda
Estáticas nunca viam nada de banda
Pousou em cada pedra uma coruja
Vasculhavam com visão periférica
Viam tudo que da trilha não surja
Armado em uma equação numérica
Soma do que pedras e corujas viam
Julgavam que o mundo nelas cabia
Alheio a aquela arrogante conclusão
Cruzava o céu o olhar de um gavião
Via um trator, a tudo arrastar do chão