A Brasileira e o Teatro

Os deuses do teatro, talvez não sejam apenas gregos.
Prováveis universais. Mas, um pouquinho mais brasileiros.

No palco, o rapaz dança ao som dos atabaques africanos,
os quais, aqui, estão em casa.

Em certo momento, o rapaz convida a moça da platéia.
Alta, morena, de longos cabelos. Tão bonita, tão brasileira.
Logo, tantas outras brasileiras a seguem. São louras,
negras, pardas. Tão mestiças. Tão bonitas.
Existem tantos sorrisos . . .

Na platéia, as palmas ecoam os atabaques, enquanto
as Bacantes giram. Tudo tão moreno, tão mestiço,
tão bonito . . .

Eu vi o Brasil acontecendo . . .

Esse poema é dedicado ao um grande ator que eu ainda
não vira fora do casulo. Um beijo, filho.