Brinde à Vida
Andam na rua como eu também ando.
Às vezes a chuva nos molha,
O vento nos seca,
O Sol aquece.
Cada qual segue o seu rumo
Preso ao seu destino
(determinismo? – não acredito)
Uns, a alegria,
A tristeza e a penúria, a outros.
Seres humanos,
Planeta de seres
Sem que tivéssemos pedido aqui estamos
- entre tantos espermatozóides foi um apenas
que venceu e fecundou aquele óvulo que estava à espera.
(nós quisemos participar desta festa chamada vida)
Uns andam para a direita, outros a esquerda e alguns, sem rumo.
É preciso se movimentar até chegar o tempo
Em que seremos novamente o pó do planeta
E o gás do espaço sideral.
(quem procrastinou esta in/verdade?)
Uns preferem serem vistos como vermes
E outros, deuses.
Tudo é uma questão de escolha.
Somo quem
o quê
como
queremos ser.
Eu voto na alegria
no sucesso
na vitória.
A Vida dignificada faz o resto
e a Morte morre.
L.L. Bcena, 11/01/2000
POEMA 323 – CADERNO: ROSA VERMELHA.