O FIM DA UTOPIA DE MANÉ CARPINA

Vários tempos de trabalho em construção

Ainda muito jovem deu duro e fez calos nas mãos

Pegava nas ferramentas com enorme dedicação

Pouco ou muito mas ganhava alguns tostões.

Começava pelas manhãs sua longa jornada aguerrida

De trabalho fixo ou de trabalho temporário,como fosse:

Mas era dali que com o suor tirava o sustento familiar

Colocando na conta para sua casa puder enviar-lo

Assim era a vida dura de um cabra trabalhador.

Assim era sua vida agitada mas bem futurística

Bastante diferente de sua bela terrinha querida.

Sempre dizendo a luta da vida é bem renhida

E por isso faço esforço para tê-la vencida.

Estou aqui e não havia como não estar

A seca castigava e a fome muitas vidas desimava

Para mim o que mais me interessava

Era progredir em uma cidade bem evoluida

E puder um dia voltar ao meu torrão querido

porque para mim não existe um outro igual!

Mas o destino não quiz assim:

As vezes meigo as vezes bem traiçoeiro

Tão hábil sagacioso,silencioso e faceiro

Pregara uma peça tão astuta,tão ligeira.

Vejam só que real façanha que tristeza

Mandou para o infinito ceivando a esperança

De um simples lutador que cheio de vigor

Sempre lutou entre riscos,chuvas e calor

Mas infelizmente um dia seu coração parou

E para seu mané carpina a sua utopia acabou.

JOSÉ ANTONIO S. CRUZ

Salvador-Ba,20 agost 11.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 20/08/2011
Código do texto: T3171305
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