SEREIA DO AMOR

coração apunhalado

pela vil infidelidade

da sereia do amor

velejo numa jangada

na praia do Olho D´Água

como se fosse Ulysses

regressando da Guerra de Tróia

boiando à deriva

bebo náufrago o sal

da desilusão amorosa

um ciclone invade

meu peito dilacerado

sessentão sinto-me

um adolescente extemporâneo

a dor do amor traído ataca

em qualquer idade

sou um dinossauro contemporâneo

samuel filho
Enviado por samuel filho em 20/08/2011
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