O silêncio que me basta
E eu me calo...
Me calo pois agora a minha voz é tormento,
diz o feio, desce do salto.
Calo a voz, engulo o choro e saio fora...
(não de mim, mas fora de ti, do mundo, de tudo.)
Meu grito seria revolta, soaria trovão.
Meu choro seria chuva, tempestade, furacão !
Lábios fechados, mãos em ação.
Tenho as letras, meus versos e lá ao fundo,
o toque de uma canção
Sou ventania que se acalma num instante.
Se calo o som da voz, não calo o do coração.