Dicotomia...
Raízes de minha vida
Dicotomia nas bases... Sólida?
E, aos espaços vagos entrego-me
Um imenso vácuo ocupa minha emoção...
Dúbia verdade a da felicidade
Estou só , acompanhada de mim
Então acompanhada
Prisioneira nas masmorras da solidão
Meu ego dicotômico
Dispersão de sonhos
Sonhos?
Difícil desvencilhá-los da realidade
De real tenho minhas lágrimas
Distribuas entre alegrias, tristezas, vazias...
Abraços somados a sentimentos truncados
Raízes aéreas, tão minhas...
Sou planta híbrida
De boabas e orquídeas
De cactos e damas da noite? Da vida!
Escondo-me do dia
Porém, sinto-me muito mais viva com a alvorada...
Para só desabrochar nas noites escuras
Em estradas esquecidas e inóspitas...
Onde viajantes errantes me pisam sem ver
Morrendo ao amanhecer,
Renascendo como a semente que deixa a existência
E se entrega ao milagre fértil da terra...
Raízes expostas
Fincadas em alheios galhos
Sugando a seiva com meus abraços de amor...
Marginal nas madrugadas
Dicotomia de sonhos
Bifurcados de pesadelos
Entregues aos aventureiros
Assim sou eu!