Dicotomia...

Raízes de minha vida

Dicotomia nas bases... Sólida?

E, aos espaços vagos entrego-me

Um imenso vácuo ocupa minha emoção...

Dúbia verdade a da felicidade

Estou só , acompanhada de mim

Então acompanhada

Prisioneira nas masmorras da solidão

Meu ego dicotômico

Dispersão de sonhos

Sonhos?

Difícil desvencilhá-los da realidade

De real tenho minhas lágrimas

Distribuas entre alegrias, tristezas, vazias...

Abraços somados a sentimentos truncados

Raízes aéreas, tão minhas...

Sou planta híbrida

De boabas e orquídeas

De cactos e damas da noite? Da vida!

Escondo-me do dia

Porém, sinto-me muito mais viva com a alvorada...

Para só desabrochar nas noites escuras

Em estradas esquecidas e inóspitas...

Onde viajantes errantes me pisam sem ver

Morrendo ao amanhecer,

Renascendo como a semente que deixa a existência

E se entrega ao milagre fértil da terra...

Raízes expostas

Fincadas em alheios galhos

Sugando a seiva com meus abraços de amor...

Marginal nas madrugadas

Dicotomia de sonhos

Bifurcados de pesadelos

Entregues aos aventureiros

Assim sou eu!

Observadora
Enviado por Observadora em 19/08/2011
Reeditado em 14/01/2012
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