A MORTE DO ZEZINHO DA ALEGRIA
José...
José quando menino
De todo mundo
O mais franzino.
Corria,
Pulava,
E gritava
Esperteza não lhe faltava.
Seu sorriso era tão puro
Quanto o campo em que morava.
O Zezinho da alegria
Como o povo o chamava.
Querido,
Piadista,
E gozador
Bem humorado o franzino menino.
Adolescência é complicação,
Olhar morteiro
De moça urbana
Entristeceu seu coração.
Chorou,
Sofreu,
Morreu.
É pena que jazia o Zezinho da alegria.
Olhou-se no espelho
Com olhar triste de Saqué,
Arma virada para o peito:
- É agora José...
Ninguém mais lembra
Da alegria do José.
Mas tem gente que jura
Que o estampido era um 38.