Moinhos de Ventos.

Moinhos de ventos.

Poema em homenagem a escritora Helena de Paula.

Por Honorato Ribeiro.

Alice Rivera, deveras nasceu

Mimosa e formosa que soubera amar.

Amar seu Romeu na Grécia antiga

Sem ser Julieta navega no mar.

Pois seu amor é tão deferente

No seu peito o coração fervente

Olhando firmemente pro mar a viajar!

Alice e Elisa amor verdadeiro

Sorrindo alegres felizes da vida.

Em si cada qual se sentia querida

Tão doce era o amor nas idas e nas vindas:

Viagem em navio embarque veleiro,

De sonho sonhado em verso madrigal.

Adorando a deusa euterpe num luzeiro

A Sinfonia de Beethoven tão magistral.

Ganhara amigas fiéis companheiras

Seus anjos de guarda “pensam” a ferida,

Que em prantos e dores é tão socorrida

Por elas amadas, porém tão queridas:

Renata, Sofie e Lais, ao seu lado,

Quem dera fossem fadas nessa corrida

Para em encanto de amores fosse feliz

Com emoções o seu coração quase em jazida

Nunca soubera o seu coração odiar.

Alice encontrara o olhar do cupido

O Júlio simpático, bonito e afetuoso;

Seu olhar lhe enfeitiçou de amor verdadeiro

Pois Júlio jocoso, janota e tão carinhoso!

Soubera corresponder-lhe amando-a:

Amor pra viver tão cuidadoso

Porém sem ser independente no viver

Seu educador foi tão louco em mimoso!

Que o prejudicaram na sua independência

Mancharam a liberdade de ser livre e formoso.

Liberdade de amar foi-lhe tolhido sem democracia.

Mas cupido lhes uniu em lua de mel

Num amor verdadeiro no seu coração

Tiveram dias felizes entre beijos e carinhos

Qual Romeu e Julieta ninando em canção.

Mas veio a tormenta tão forte e tão brava

Fazer-lhes sofrer sem receita, então,

Roubaram seu Juninho do afeto maternal

Que em choro seu carinho virou ilusão!

Dona Sara e seo Júlio cruéis e malvados

Construíram um castelo de corrente grilhão

Em suas consciências são donos do filho

o Júlio enclausuraram-no sem compaixão

Alice depressiva ouvia o bater do seu coração

O som qual martelo de juiz em condenação

Dando-lhe a sentença dum réu inocente

De perder seu bem amado, seu filho, qual maldição!

Tivera uma filha a Larinha, que beleza!

Que o destino lhe marcou: cruel aflição!

Jovens embriagados chocam com seu carro

Com o carro de Alice em contramão...

Mataram sua filha, e Alice se escapou;

Com vida sem vida sem ter solução.

Acusaram-na sem culpa seu Júlio e Sara

O ódio invadiu em ambos sem compaixão!

Alice acordou num leito hospitalar

Inconsciente e confusa, sofria o coração.

Cadê Larinha, minha filha?!

Sua amiga Renata, a doutora, a acalmou

Tivera que lhe preparar a alma para avisá-la

O que tinha acontecido com sua filha, seu amor...

Sua querida filha, faleceu, acabou!.

E Alice, a sofredora, sua cabeça a rodar.

Veio a tormenta qual um tufão lhe esmagou

Sua jóia, seu tesouro, morreu sua paz!

Tudo, enfim, numa tragédia se acabou.

Os pais do Júlio condenaram a Alice

Afirmando que ela era a culpada...

Ter assassinada a própria filha por teimosia...

Por caprichos de não deixar a neta amada

Viajar com eles para o exterior

Por isso a Larinha foi morta, matada

Por uma mãe em teimosia plena

Era dona Sara que a acusava.

A luta foi um calvário de insultos

De acusações sem remoço e sem coração

Júlio entre a cruz e a espada escutava calado

Sem poder se defender o seu amor sua paixão.

Pois enjaulado num castelo em grilhões

Condenaram-no a amar Alice caída no chão...

O chão da moral, da ética e da insensatez

Alice tão meiga, tão doce, mas na solidão!

Só pensava em Júlio, seu amor, e Juninho

E dava-lhes o perdão de todo o coração;

Por não saber odiar, sim compreender.

A educação dos pais que ao filho era a prisão

Ganhou uma grande aliada que belo papel exerceu

A babá, a Silva, do Julinho, que ouvia a má canção

Dos dois com Júlio que se recolhia num quarto

Numa triste e longa noite de solidão...

Enquanto isso a babá ao Julinho história cantava

Contava a história verdadeira de Alice em aflição!

De dois amantes apaixonados proibidos de amar!

Qual Romeu e Julieta de William Shakespeare

Sem respeitarem a inocente Alice que o destino

Arrastando-a para afastar do filho que a amava.

Como criança o tratavam qual um menino

que tão esmerado de amor sofria em solidão!

Mas a babá Silva contava em parábola

Que ao crescer o Julinho entendeu.

Rodrigo apaixonado por Alice que esquivava-o

Por Alice o declarou, mas ela não cedeu.

Pois o coração de Alice era todo de Júlio

Somente seria do Júlio o seu Romeu.

Mas Leandro o bonachão aproveitador,

Gozador, aproveitava o momento que enlouqueceu

O Rodrigo apaixonado e carinhoso,

Mas Alice só pensava ser feliz em seu eu.

E jogava piada desrespeitando a si esquecer.

A grande dor do amor que ambos conservavam

Júlio e Alice que em prantos fizeram sofrer.

Chorava calada como

Se fosse um anjo do céu

Deixou de ser o guarda

Daquela que tiraram o véu

Da noiva encantada e enlutada

Mas pelo amor era cheia de fé.

O romance Moinhos de Ventos

Não é um romance e sim uma novela

Que no elenco da protagonista

Suas amigas lhe confortavam deveras.

Como lemos em os Lusíadas, o poema

De Camões o grande poeta: da era...

“O amor é fogo

Que arde sem doer”

É chama ardente

do seu bem querer.

Eu versejo:

O amor com amor

É vida feliz

É vida sem dor,

É vida vivida.

O amor sem amor

É pena é morte,

É falta de sorte,

É pena é dor...

O amor nasceu sozinho

Sem auxílio de ninguém,

No coração fez seu ninho

Que bate num vai e vem.

Estes versos que encaixei

Nessa história de Alice

Que conta em seu romance

Moinhos de ventos como disse;

Sofreu e viveu, não morreu,

Seu amor por Júlio seu esposo

Venceu, perdoou seus algozes

E voltou nos braços de seu bem amado.

Finda o romance como começou

Vivendo com sua amiga em sucesso a cantar!

A Elisa, que maravilha! Que artista!

Fechando o pano do palco do narrar

Este conto de Helena, a escritora

Encerrando a mais bela história em falar

Narrando cena de um teatro tão imaginário

No palco, os seus artistas a nos encantar!

ELENCO!

Alice, a protagonista,

Renata, sofie, Laís, Silva,

Leandro, Rodrigo e Luíza;

Dona Sara, seo Jorge, Juninho

e Larinha, Mariana, seo Charle e susie

Personagens irreais desse

Romance novela que de tão

Lindo e emocionante

Deixa-nos um exemplo

De um grande amor.

Vou terminar minha homenagem

como poeta e inspirador.

Ofertando a Helena de Paula

Sendo eu seu admirador.

Seu romance é uma história

Que ficou em minha memória

Um retrato de um grande AMOR.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 19/08/2011
Código do texto: T3169630