O POETA E O VERSEJADOR*

Os versos que escrevo são remédios

Que tomo para aplacar a dor que sinto

Por muitas vezes não entender

O mundo dos homens.

Sou anjo encarnado em corpo de sangue e carne?

- ou um louco dado à esquizofrenia paranóica.

Não entendo este mundo que é tão diferente

De meu mundo particular

- a vida não precisa ser compreendida,

Basta-nos vivê-la.

Aqui, neste planeta louco, os homens perdidos,

Como eu

– louco são os outros e nunca a gente mesmo -,

Não podem manifestar seus sentimentos, às vezes.

Os anjos não se envergonham de mostrar suas emoções

(“Homem que é HOMEM não chora!

Jesus chorou – e aí?)

Neste mundo só me resta poetizar.

É ato através do qual extravaso minha dor

Por ser anjo em corpo humano

Por viver em um mundo que não é o meu.

Isto é poesia POESIA

Ou será a minha revelada hipocrisia?

E agora, Poeta?

Ah, sou só um versejador

E quando muito um fracassado escrevedor

Como a muitos outros Poeta.dores.

*Como disse o sábio:

“só aqueles que são verdadeiramente felizes

conseguem rir de si mesmos. Os infelizes

acham que são nobres e só caçoam do alheio.”

L.L. Bcena, 08/01/2000

POEMA 318 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 19/08/2011
Código do texto: T3169328
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.