BAILARINO

As minhas ilusões enamoradas

lavavam perdições das descobertas...

Levavam minhas ânsias mais incertas

aos banhos de solares madrugadas...

As minhas ilusões apaixonadas

faziam desatentos meus alertas...

As portas e janelas bem abertas

às tantas ventanias desvairadas...

E eu, feito um bailarino ensandecido,

pairando, aos passos leves, distraído,

não via que rodava em planos tortos...

Rodava e me envolvia e me entrançava...

Todo amarrado em sedas, eu bailava...

Até cair-me, exausto, em sonhos mortos.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 19/08/2011
Código do texto: T3168801
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