[Fêmea Noite]

[Minhas andanças e capturas na noite...]

A noite trescala lúbricos perfumes,

e num enlace macio de braços suaves,

transporta-me para alcovas misteriosas...

A noite tem anéis de prata em seus dedos,

[parecidos com os teus...], para me seduzir,

para me matar de loucos desejos!

A noite desata amarras intrincadas,

traz-me a brisa amornecida em teu colo,

e sussurra-me aos ouvidos: vai... vai, Carlos!

[Porém, desde a Estação, eu diviso o quê...

espera e solidão? Desalento?]

[Penas do Desterro, 03 de maio de 1999]

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Excerto do meu "Caderninho 1"

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 19/08/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3168637
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