[Fêmea Noite]
[Minhas andanças e capturas na noite...]
A noite trescala lúbricos perfumes,
e num enlace macio de braços suaves,
transporta-me para alcovas misteriosas...
A noite tem anéis de prata em seus dedos,
[parecidos com os teus...], para me seduzir,
para me matar de loucos desejos!
A noite desata amarras intrincadas,
traz-me a brisa amornecida em teu colo,
e sussurra-me aos ouvidos: vai... vai, Carlos!
[Porém, desde a Estação, eu diviso o quê...
espera e solidão? Desalento?]
[Penas do Desterro, 03 de maio de 1999]
___________
Excerto do meu "Caderninho 1"