Deuses do Apocalipse
Alicio meu eu a dialogar com o vento
E a segredar em carícias na brisa que entorpece
Os mistérios sussurrados no balbucio das preces
Para que a vida equacione a letargia do mundo que enfrento.
Na atmosfera o ar percorre dimensões atrofiadas
Que a natureza humana definha com sua ganância implacável,
No reposteiro da existência a poluição torna-se indomável
Perante a brutal extinção que se contempla sancionada.
Os seres vivos migram espavoridos na degradação constante
Em busca de refúgio onde a sobrevivência se instale,
O oxigênio que se respira é nefasto em todos os vales
E a consciência do orbe adormece enferma a cada instante.
Um homem dizimou milhares de vidas em câmaras de gás,
Agora é a humanidade perversa que chacina a natureza que lentamente se desfaz!
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