a vida calma do poeta

de repente

quando palavras confusas

desesperadamente invadem

a solidão quieta

da vida calma do poeta

sábio

ele guarda uma por uma

e quando precisa

arranca todas do peito

e delicadamente arruma

de um jeito

de faze-las rimas

de faze-las sensatas

de faze-las na medida exata

de algum seu amor

quem sabe alguma dor

ou uma saudade repentina

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 17/08/2011
Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T3166400