PRAÇA, MADRUGADA, CHUVA
As putas vagam pela praça,
sombras trêmulas
sob as luminárias.
Gente bêbada em cadeiras brancas
cospe palavras fermentadas.
Saias curtas, shortes curtos,
dignidade curta.
Seios e sonhos perscrutam a chuva.
Outro bando de aves noturnas
pousam para os lados da P.V.
Outras mulheres, ocasionalmente, homens,
e suas vozes graves
sob uma lua tirante a grená.
Falsos decotes, falsos cabelos,
meia-calças falsas.
Ambos os sonhos semeiam as calçadas...