A RAPIDEZ
Estou escrevendo muito rápido
não sei se é uma inspiração fugaz e boba.
Só sei que estou escrevendo e falando
da bondade, do amor e esperança.
Estou dizendo tudo isto
e não sei de onde vem.
Pensei em Castro Alves o poeta condoreiro.
Pensei em Drummond e agora José?
Por que estou nisto?
Se penso, logo existo.
Misturar Matemática com poema
pode ser um quadradismo.
Mas fazer o que?
A vontade vem aos borbotões
me engole, me engole nos porões
do navio negreiro que persiste
em colocar alegria em quem é triste.