Fantasmas mascarados de demónios…mas não passam disso…de meros fantasmas…

Que se manifestam

No lugar comum da noite

Quando deixamos de nos rodear de pessoas

Ou nos ausentamos delas

Para nos rodearmos de nós

Sendo então pasto

De infinitas assombrações

Mas quando a luz chega

Reparamos com assombrosa lucidez

Que isso não valeu quase nada

Mexeu apenas com algumas nossas sombras

Com algumas mal resolvidas questões…

E no entanto

No pico da escuridão

Deixamo-nos levar

Para certas estradas

Certos caminhos

Onde nos sentimos

De forma insustentável

Mesmo que acompanhados

Avassaladoramente sozinhos…

E então coisas sem corpo

Adquirem o corpo

De milenares demónios

Adaptados aos novos tempos

Às nossas gentes

E assim se adaptam a nós

E o que nos magoa

Que queremos que fique para trás

De uma forma repentina

Se torna terrivelmente presente…

Morremos e renascemos nessa altura

À velocidade da luz

Num insustentável leveza de ser

Por vezes de facto infernal

Onde o inimigo

Somos nós

E a gestão que fazemos

Daquilo

Que de forma pacifica sentimos…

Real

Virtual

Ou mesmo real…?

Não há razões absolutas

Não há um juízo perfeito

Que nos possa dizer

Se na noite estamos certos

Ou estamos enganados

A única resposta possível

É se quando chegar a madrugada

O que sentimos se dissipa

E sentimos que não vale de facto nada

Porque a realidade e a lucidez de mentes

De corpos deverá sempre prevalecer

Reparando de facto que

Fantasmas mascarados de demónios…mas não passam disso…de meros fantasmas…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 17/08/2011
Código do texto: T3165872
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