PENTAGONAL
O parangolé abissal e retinal
Não faz jus ao meu sarcófago
Existencial onde frases de neon
Exibem verdades inconfessáveis
Numa saravaida ininterrupta
Em opulência do insosso regalo
Abstraído numa forma assimétrica
Derivada da cinética quântica
Sem hermética, sem métrica e elétrica
Advinda das agruras impuras e sumárias
Regalos do meu perdido olhar desfocado
Na savana circunstancial do meu eu,
Brioche, que degusto com amargo chá
Com adoçante, devido à eterna dieta.