Jeni
Durante aqueles dias foi um sufoco depois que meu pai descobriu
Que eu estava beijando Geni na boca. A infeliz fez uma carta de amor,
E mandou Generosa me entregar, chegando lá não me encontrando,
A besta entregou pro meu pai. Que era sádico e passou muitos dias me chateando na frente de minha mãe e dos vizinhos, falando abertamente que eu era namorado de Geni. Era um coro estúpido: “namorado de Geni” “namorado de Geni. Muito tempo essa merda!
Acontece que ela uma nega muito feia, andava descalça tinha um hálito de fogo.
E todos os dias só queria brincar de modelo, colocava gente pra arrumar ela,
Passava baton na nega, blache, fazia as medidas, outras meninas trazia alguma pintura da mãe, lápis de olhos e pó arroz. A nega ficava sorridente, parecia até gente. tudo isso feito no beco. Cada um dos meninos entrava no beco e dava sua arrumadinha. Cada um saia com uma cara, mas todos saia cuspindo, porque a saliva dela era grossa demais, imagino que o gosto ardido ficava na boca de todos.
A coisa foi esquentando, pois outras meninas da rua começou também a querer brincar de modelo. Mas Geni era quase nossa grife. E ela foi ficando exigente. Só se deixava arrumar se agente desse um beijo na boca, língua ainda, e dela alcançava minha goela. E esse beijo, porque foi muito tempo arrumando, me ficou marcado um gosto da boca. Tinha uma saliva grossa que descia pela minha garganta e deixava um gosto de fedegoso apertando a boca. Ficava louco pra ir embora e fazer um gargarejo com pó royal.
Mas não tinha como parar de arrumar a nega, porque ela era única que tinha peitos, bem grandes, que arrumava com gosto. Era comum ela trazer varios suatias pra testar no escuro. Essa nega era tão safada. E logo a festa foi chegando mais, porque vilminha, sua irma deu de experimentar, virar modelo. Tão novinha ainda, nem dava emoção, os peitinhos pareciam um grãozinho de feijão e a xoxotinha lisinha, parecia tocinho . Era bom, mas com Geni tudo fica animado, porque os pêlos da impressão que estávamos apalpando uma mulher.
Mas essa não tinha os trunfos de Geni, que fazia questão de se adiantar e deixar a calcinha pelas pernas. Era tão safada que já deixava um lado da calcinha enfiado no cu. E virava pra mim perguntando se eu não ia arrumar a parte de tras. E foi que de tanto brincar estava gostando de pegar nas coisas dela. os peitos eram grandes, mas meio mole, grandão e mole, mas como nunca tinha pega em peito, não sabia se esses eram do bom. Essas qualidades em relação a densidade foi me caindo a ficha aos poucos, como idade e conforme fui conhecendo outras mulheres.
De todo modo, Geni acabou com nossas noites quando abriu o coração. Quando a nega passou a me amar, levou a serio os beijos e as arrumações. Comecou a ir em casa em horários nada a ver. Passava a tarde toda conversando com minha irmã e meu pai na sala me olhando com cara de filho da puta.
Quando ela aparecia aquela vergonha do meu me deixava vermelho. Naqueles horários na tinha nada pra fazer. Ninguém pra conversar fora de casa. A rua deserta. Mas mesmo com a vergonha, passava a tarde pau duro, imaginando como seria se não tivesse esse resto de mundo. Se eu pudesse levar no quarto da minha mãe e tirar sua calcinhas e conhecer o corpo dela no claro e ver coisas que não via no escuro.
Teve um dia que me senti envergonhado demais. Ela chegou em casa, eu estava na sala e minha mãe la dentro nos afazeres dela, quando no momento de pura exibição e certeza, tirei o pinto pra fora e perguntei se ela aguentava. Falou “Nãos sei” toda sem gracinha e cheia de duvidas. Acontece que nem pêlo eu tinha. Ali em diante vi que geni estava num estado superior ao meu. Ela tinha pêlo e eu meu pinto era cor de leite, branco sem nem um pelinho pra dar um gosto.
Uma vez no rio ela estava lavando roupa, de lá dos napies fiquei assobiando pra vir. Largou a roupa lá e veio me encontrar. O resto dela suado de sol, era quente o tempo, o sol de queimar a cuca. Ela chegou desconfiada, foi quando pela primeira vez vi seu corpo nu, abaixei as calcinhas e vi tudo. E dei, pra ser justo, o seu sonhado beijo de amor. E disse umas traquinagens
bem de molinho no ouvido dela.
Foi última vez que tive Geni. Logo ela entrou pra igreja. Aceitou Jesus. Usava um vestidão e uns tamanquinhos baixos, e o cabelo de ferro quente brilhava de tão liso. Nem parecia a neva feia de outro tempo, ganhou logo um namorado da idade dela. Passava lá na frente de casa, com a bíblia na mão, onde morava e descia os dois, com as mão dadas. Aposto que pra ele, ela nunca fez uma carta de amor.....