Minotauro Astérion

Labirinto que me sinto

abrigo Astérion no peito,

à espera de

um virgem amor

que sacie minha fome

e cesse minha busca

pelo brilho que me ofusca.

Sou verso não escrito

em louvor

ao amor proscrito.

Trágico e maldito

erro solitário

em castigo diário.

Já aprendi que

o Tempo se marca

pela figura

que tenho

no rosto,

amarrado de

desgosto.

Mas agora me vou.

Acho, Borges,

que alguém me chama.

Talvez ele termine

meu drama.

Talvez meu peito

encontre um jeito

de sair do outro Labirinto

que já pressinto.

Sincera homenagem ao Mestre argentino Cesar Luis Borges.