PEROLA NEGRA
Sou negro sim senhor
Da pele escura da dor.
Sou negro sou nagô
Cabelo duro de coração puro.
Sou afro-brasileiro
Esquecido, mas bem presente
Na dor da paz do luto.
Sou negro que ainda luta
De ser negro por direito
De receber o respeito dessa gente.
Sou negro sou forte ébano
As dores com sorriso espanto
Nas costas as marcas, lusitano.
Sou negro protegido por Xangô
Com sede de justiça
Guerreiro livre do sinhô.
Sou negro sim senhor
Minha pele não nega,
Minha voz não se cala na dor,
Pois clama por paz por amor
Com mão forte de Mandela.