Homens Bastardos
Ligo a TV e vejo homens morrendo.
Homens comuns, homens de honra.
Vidas jogadas fora e os culpados vivendo,
Comendo, famintos por mais uma onda,
A onda da grana e do desespero,
Um soco pulsante que rompe o espelho.
Ternos escuros com rostos brilhantes
Sorrindo. Aos poucos vão se desinibindo.
Muralha. Quem não segue as regras toda a
Mesa metralha.
Vinte e nove Senados apontam o estado,
Morada dos lobos malucos cheios de ganância.
Voltar? A mão de Deus não tem mais nada a declarar.
Somos pobres infelizes sem nada mais a apostar.
Sedutor, imperador, Meu senador? (Oooooooooh!)
E a sentença está viva em nós!
Caminha os gordos de fome em seus trenóóóóóós! (Infame!)
Doa alimento, doe seu sangue.
Carros funébris que rondam as estradas escuras
Buscando seus filhos de forma maluca. Estupra!
Mulheres que sangram sem medo da luta, foram
Feitas para sofrer e suas crias defender.