A VELA
Acende-se a vela
e logo ela dará a sua luz.
É formada só
de parafina e pavio.
Nada mais
sendo do que a vela,
com sua singeleza reluz.
Ilumina o cômodo
E traz esperança
para quem precisa de Luz.
singelas velas: Seres Humanos
Nascemos.
Atearam-nos
o fogo da vida.
À medida que o tempo passa,
Nos Vamos aclarando
a respeito do mundo
E clareando o mundo
com nossas ideias.
Somos luzes na Terra,
Cômodo que estava escuro.
Teve fim o caos que nele havia.
(não é isto uma balela da vaidade?)
Trazemos uns para os outros esperança
Com nossa luz.
Por isto o homem
Não se aguenta viver só.
O tempo passa
e esta luz do conhecimento
E das atividades humanas
vai consumindo:
A parafina – a carne
E o pavio - o sangue.
Como aquela,
a Luz vai ficando fraca...
Chega o dia em que se apaga.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 04/01/2000.
POEMA 313 – CADERNO: ROSA VERMELHA