Tolo mortal!
Achei que seria simples
Mas não ficaria satisfeito se fosse o contrário!
Pois essa mortalidade me enche de deliciosas responsabilidades
Esse compromisso de viver
Essa falta de sentido
Esse gozo que não me deixa desapegar
Essa tristeza que quase nunca dá espaço para a felicidade
Quase sempre quer me apunhalar!
Maldita tristeza!
No entanto, essa tristeza que me corrói e sempre me persegue é, a mesma que me ensina a cina do nada
Esse nada que não posso alcançar sem essa dor que me alerta
Nada que eu não possa fazer
Nada que não possa manifestar
Pois o nada não existe.
O que ficou pra traz é e sempre será nosso
O futuro não é meu e nem seu
Ou posso chamá-lo de nada?
O que me dói é no agora!
O que aprendo é no agora!
Más de fato o que eu aprendi do nada é, que nada seria mesmo se não existisse essa vontade de alcançar o nada.
E assim vou caminhando com pena de mim
Pobre e tolo mortal.