PRECONCEITO
Eu vou meu amor me roubou
Pra onde ela for estou
Há versos delicados
Que nos envolvem de maneira mansa
E sem o percebermos no meio da onda remansa
Já estamos totalmente envolvidos
Onde o pé ao fundo não mais alcança
Não gosto de preconceito
Fora os meus que não tem jeito
Nem de hipocrisia
Que não rime com poesia
Nem de falsidade ideológica
Sem personalidade...
Acho que na vida tudo
É uma questão de sobrevivência
É uma questão delicada que envolve
Toque ou TOC (Transtorno obsessivo compulsivo)
Afinal tudo é transitório neste território inconclusivo
É verbo intransitivo
Eu tu ele e ou ela substancias de substantivo
É dentro desta novela de substratos
Que eu e tu e tudo que é vivo e se move vive...
Crise então nem pensar e sempre vem grudada na perda
Crise é uma palavra que não deveria existir
Mas existe te ti contigo
Se ti comigo e com o umbigo vamos seguindo
Como a crise da perda, por exemplo
Sempre que perdemos
Entramos em crise
E por mais incrível que pareça
Uma palavra não vive sem a outra
Foi e sempre será amor a primeira reprise...
Todo dia é rotina
Não tem como não se dobrar a esquina
Quebrar de verdade a rotina
Só ganhando na quina...
Mas quem sabe amanhã
Amanhã quem sabe?