Quem Sabe...

Quem sabe o tempo se reverta

E descrente a esperança

Em certeza...

Trazendo algumas surpresas

De um bem inesperado

E quem sabe o amanhã retroceda

Ao ontem ininterrupto

E se estenda ao futuro...

Caminho esse tão escuro...

Ou talvez quem sabe

Tudo fique na mesma historia.

Essa que tento mudar,

É a Rima que não quer mais rimar,

E a Poesia que já não se faz notar.

Enfatizada, mastigada, engasgada.

Quem sabe o hoje vivido

Tenha valido uma eternidade...

E meu eu distraído

Não tenha medido

Tanta felicidade,

Talvez eu não tenha notado

As manhãs de tanta beleza

E quem sabe eu tenha vivido

Momentos desprezados

Na espera do amanhã

Que talvez nunca venha

Ou se faz de rogado.

Ou quem sabe

Esses versos piegas

São fiéis mensageiros

De um tempo verdadeiro

São mensagens sinceras...

Que trago na bagagem

È sonhos e às vezes é miragem

Gerúndio se estendendo

Em todos os tempos

Trazendo-me a chance

De continuar sendo eu...

Mesmo num tempo já ido...

Mesmo sem nunca ter sido.

E assim nunca duvido.

Victória Moore
Enviado por Victória Moore em 15/08/2011
Código do texto: T3161335