A moça da foto
Moça, me diga o que tem a sua face
O que tem o seu olhar que me encanta, triste e profundo
Moça, que saudade é esta em seu semblante
Você é tão linda, tem um quê de santa em sua fronte
Há uma luz diáfana e cálida sob a pele do seu rosto
E um pensamento longe, muito longe
Como se lembrasse um desgosto
As suas pernas quietas seguram o mundo
Pintam os ares gentis da primavera
O seu corpo é silêncio das mais longínquas constelações
Das mais remotas eras
Há tanto amor em seus braços e colo
Que se poderia jurar
Que você não tem como nós, apenas um, mas dois corações
Em tamanha esbeltez não há dolo
Moça, me diga se sabe do meu pecado
Pois quando a vejo sinto no Universo
Um cataclismo, um tremendo abalo
Não, moça, fique assim nesta impenetrável mudez
Todo o seu ser é um lago
Onde flutua a placidez
***
Incluo a esta página as doces palavras ditas pelo escritor JOSÉ CLÁUDIO CACÁ:
"As sementes do medo não brotarão nos teus olhos inocentes,Nem a noite marcará com tinta opaca teu pequenino coração.Eu te prometo alcançarmos nossa bandeira, onde nenhum sapato possa alcançar.E cantaremos canções livres como as borboletas,Brincaremos com o vento e o arco-íris,Sem bicho papão ou boi da cara preta."(desconheço o autor mas ofereço à moça da foto). E aplaudo com muito gosto e alegria esta obra prima de poema, Tânia. Meu abraço. paz e bem.