O som dos metais
Velas queimando nos castiçais
Absorvo o vermelho e me vejo entre os lustres
Recostada no balaústre, refletida no espelho
Dos sons entre os metais
Dança comigo ninguém
Em vai e vem volteio sob os reflexos
Sem nexo
Desta visão de um quase furor
As horas de torpor escorrem pela parede
Sinto da véspera do vinagre a sede
***
Agradeço carinhosamente a participação poética de LUCIANA VETTORAZZO CAPPELLI:
Volteio com e como ninguém
ao som de minha propria musica
me chamo de meu bem
sou feliz sem um vintém
velas queimam nos castiçais
que eu ganhei pelas quebradas
com meus requebros de bailarina
levando uma alegre sina
sempre a eterna menina
tendo visões de um quase furor
como amo todo mundo
sou capaz de ter por mim do mundo todo amor.