O Jesus que o homem pintou
A humanidade se fez tão pequena
Que pintou Jesus diferente
Como se Ele não fosse belo
Não seria Jesus, não faria milagres
Não seriamos gente.
A humanidade é tão perigosa
Que se fez de inocente, se fez de criança
Para fazer de um Deus que seria esperança
Um pop star cabeludo, loiro e de trança
De olhos azuis como rica herança
A humanidade se fez de onipotente
Roubando um gene de Deus e fazendo outra gente
Pegando uma alma vazia e quase demente
Jogando num corpo amorfo por tão dormente
Fazendo de Deus e da vida seres indiferentes
O caos e a humanidade entre si se confundem
As almas vazias se viciam em praazer
De brincar de fazer, brincando de Deus
E Deus que não sei onde está parece esquecer
Que de sua existência dependia o nascer.