O MARTELO

Mosaico da mesmice

Afluxo atemporal

Da existência humana

Entre o sobe e o desce

Na noite trôpega

Que desvanece

Rente ao corpo

Renitente pelo sufoco

Dos fios dependurados

No ciciar da madrugada

No desmantelo dos pelos

E destilar dos intrínsecos vinhedos

Visitados a revelia por vultos intrusos

Seres disformes e confusos

Num pisca-pisca astuto

De fato salvo conduto vão

Atropelando

Palmo a palmo

O chinelo sem dedo

Espalmado no regurgitar

Da interface dos feixes

E dos seixos do enredo

Que não quer me acompanhar.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 13/08/2011
Reeditado em 13/08/2011
Código do texto: T3156864
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.