A VELHA CADEIRA DE BALANÇO
Tão cheia de mistério o que representa
Qual seria seu significado enfim
Solitária pouco quem nela se senta
Encostada nos fundos do jardim
Um vazio profundo em seu assento
Tão cheia de poeira tão só pelos cantos
Se falasse contaria dos seus sentimentos
Ausência de seu ocupante tirou seu encanto
O pai com o filho vai tirar um descanso
E nela vem tantas realidades
Entre um e outro balanço
O filho pergunta sua finalidade
Quem a ocupou tempos de outrora
A cadeira velha jogada ao canto
Diz o pai é seu avo que no asilo mora
Devido a velhice é seu lugar, no entanto
O menino ficou um tanto intrigado
Tentou resgatar toda a história
Deveria saber do que havia passado
Pois no futuro precisaria ter na memória
O filhinho ao pai então disse
Sobre ela conte tudo, por favor,
Quando eu for pai, na sua velhice
Contarei ao meu filho sobre o senhor
Perguntou-lhe então o que era aquilo
Quase da velha cadeira teve uma queda
Então pai o senhor estará no asilo
Pois assim será pago com a mesma moeda
Assim seu remorso era tanto
Não imaginava do filho tal reação
Agora restava derramar os seus prantos
Sentir na pele como dói do filho a rejeição
Esta é a realidade de muita gente
Se esquece dos pais carinho e cuidado
Quando estão já velhinho e doente
O triste destino é no asilo internado
Falta de amor e que tal insensatez
Por quem dedicou toda vida e o amor
Esquecendo que chegará a sua vez
Chegando a velhice carente de atenção e amor