Separação

Vejo que não ah mais pedras em meu caminho

Nenhum passarinho voa mais do ninho,

E nada mais me satisfaz.

O que era bom durou pouco

Não vivo más como louco

E o outro não me ampara mais

Pedir um abraço não posso

Se recebo um não, desgosto

Não consigo insistir jamais.

O que via em teus olhos virá a ser o que posso

O que sou

O que faço

E me esforço

Como se não houvesse jamais

Disfarço-me de objeto perfeito, más

O teu não desejo alimenta a minha dor

Mesmo assim continuo, me enganando

Sofrendo, chorando

Não como flagelo!

Pois ainda me sinto e sei que sou alguém

Desnorteada, pluma viaja nas correntezas do vento

Alguma força te leva

Não sei para onde; pois

Não sei para onde ir

Não me invejem; pois

Sei o que procuro

O tempo todo sussurro

Apenas por um olhar teu

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 12/08/2011
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