O PERDÃO E O AMOR
Tanto foi necessário o Perdão
que ele acabou ocupando
o espaço antes reservado
ao Amor.
Quando partiu,
o Amor levou junto com ele
a Saudade, as pantufas, as chaves da casa.
Levou teu cheiro de fêmea
e toda a mágoa mumificada
pelos inumeráveis Perdões.
Tanto quanto o espoucar
da rolha de espumante liberta
o espírito da uva,
a partida do Amor destravou
lágrimas envelhecidas pelo cárcere privado
e derramou pela sala os cacos
de poemas inacabados.
Esvaziou-se, então, o meu coração,
pois, sem Amor,
o Perdão é absolutamente
inútil.
Tanto foi necessário o Perdão
que ele acabou ocupando
o espaço antes reservado
ao Amor.
Quando partiu,
o Amor levou junto com ele
a Saudade, as pantufas, as chaves da casa.
Levou teu cheiro de fêmea
e toda a mágoa mumificada
pelos inumeráveis Perdões.
Tanto quanto o espoucar
da rolha de espumante liberta
o espírito da uva,
a partida do Amor destravou
lágrimas envelhecidas pelo cárcere privado
e derramou pela sala os cacos
de poemas inacabados.
Esvaziou-se, então, o meu coração,
pois, sem Amor,
o Perdão é absolutamente
inútil.