Poeta
POETA
A página em branco, abre-se a um desejo
Sem fim, a palavra, na mão trêmula
Inicia o percurso nos caminhos
Dessa mulher misteriosa: a poesia.
A página já preenchida e não saciável
Calcifica o nódulo embutido e perverso
Habitando a ingenuidade masculina
Como é o desejo de toda mulher.
Mas a mão trêmula, sem medrar
Ao desafio criou, da branca página sua
Glória.
Rasguem todas as páginas,
O poeta escreverá sobre os retalhos.
Fazendo da palavra escrita, uma oração.