Ninguem é de ninguem
Ninguém é de ninguém
Uma cultura milenar inserida na sociedade prende homens e mulheres no advento do casamento. Cada um é marcado, como o gado que vai pra degola, com um sinal, uma argola dourada no dedo da mão esquerda. Quem porta este sinal, abdica também, de pelo menos sessenta por cento de sua liberdade. A partir daí não pode mais sair sozinho e, se por ventura houver uma amiga ou amigo, este tem que ser deixado de lado e esquecido.
O casamento não é garantia de felicidade e nem de fidelidade.
Casa-se por uma série de motivos e, o amor, fica em segundo plano.
Em nome de união de fortunas, comodidades, gravidez antecipada e muitos outros motivos, juras de amor são proferidas. Existe algo mais falso que isso?
Casamento de verdade não precisa de testemunhas, nem de festas colossais, nem de alianças, que nada mais são do que instrumentos de intimidação.
Se um casal se ama de verdade eles já estão casados independentes de terem assinados qualquer papel. O amor será o carimbo e o maior sinal de aliança entre os dois.
Deus, criador e maior propagador do amor, será a única testemunha já que, perante Ele, nada é feito às escondidas. A poesia pode atestar as coisas maravilhosas que o amor pode proporcionar na vida de duas pessoas. Uma destas coisas é a não privação da liberdade, uma vez que, a se ver longe da pessoa amada, a sensação é de estar preso.
Outra coisa digna de ser citada nesse aspecto é o fato de o casal, juntos, vencer todos os obstáculos impostos pela sociedade. Exemplo: Falta de moradia... "Qualquer lugar, se você estiver comigo, este será o melhor lugar do mundo".
Tudo o que não estiver inserido neste contexto a poesia não leva em conta, pois, o amor não existirá. A poesia vai ainda mais alem e, com autoridade, afirma:
Ninguém é de ninguém.