Maldade
Na gaiola havia um pássaro amarelo
Que, a cada bicada no farelo, emitia um canto plangente!
Que aprontaste bípede emplumado,
Para ficar aí trancafiado?
Por que apesar do castigo,
Ainda canta, ser inocente?
Imagino que por saudades da amada
Ou da prole que deixou na relva
Mas, diz o Homem:
Dou-lhe água e comida...
Porém, isto não ameniza a crueldade,
Nem lhe exime do pecado
Pelo desprezo à vida.