Transcurso da natureza interior
“Ó vento de rio das almas”
Os passos caminham sobre o chão assoalhado.
O homem respira a brisa.
Na brisa constrói a emoção recente.
De sentimento novo, desbanalizado, envolvente.
Atravessa a rua entregue ao novo anseio.
Mergulha o corpo de argila na invisível aura.
Define vento: Corrente de falsa transparência,
No poderoso movimento que arrebata.
Sombras... Luzes... Folhas... Estações... Olhares...
Córrego de espectros.
Ó vento de rio das almas.
Dos corpos eterificantes.
Das vozes de violino lírico e sincero.
Procura das doces almas na florescência
Nessa típica alameda generosa comovida.
Tudo o que é ofuscável, cede à transparência.
Procura-se na avenida, no caminho, na trilha.
Houlá! Só o silêncio quer amar, cantar.
Sem saber como.