Mãe Ana... e Maria...
No inverno foste meu manto
Meu recanto, meu solário e meu céu;
Foste do meu céu o perdão,
A harpa, o clarim e o canto;
Foste do meu canto o te-déum,
Seu intróito, melodia e refrão.
Em meu florir foste o botão
E do botão a flor preciosa
Que em meu jardim abriu em rosa.
Da rosa que floriu foste a cor,
Foste o canteiro fértil do amor;
Amor almiscarado pro meu respirar.
De ternura se te fizeste mar
E te fizeste chão do meu caminhar,
Princípio dos meus princípios,
Escrínio de iriantes dias,
Meu ancoradouro, minha guia,
Minha Mãe, minha Ana... e Maria.