O velho banco da praça
O velho banco da praça Castro esta estiorando...
Ano passado caiu um pedaço do braço
e tem riscos sem tinta ziguezagueando desde sua intalação..
Depois de quase quarenta anos.. Faz parte da paisagem, logo ali, saindo da escada da padaria. Quando chove e ele molha, longe de tanta gente que ja sentou em sua pedra...
Antes, isso ha muito tempo, o canteiro terminava em suas costas. Flores nasciam em sua volta. A reforma tirou o jardim de sua sombra. Duas dimensões pra repousar..
Agora o novo prefeito, que arrancar o velho banco
e fazer-se instalar um de metal, pronto, movel, industrial
moldado, tamanho adulto, pra dois...
O nosso velho banco, que tantas vezes, o mundo foi visto
dele, cada um, uma visão, uma perspetiva, mil mundos existiram ali, esse banco, cabiam quantas a amizade suportasse..
Dali, homens nasceram barbaras, fumaram seus cigarros,
ganharam namoradas, descansaram e outros, desistiram de olhar a vida parado. E se enfiou em outro cafundós.
Tenho lido semblantes e tudo parece de esperança, quando
uma geraçao e outra se trombam e conversa do coreto, que ja se foi
ha muito e muitos anos...
No dia 22, vem o engenheiro, um moço que se formou agora. A mãe o ama muito. Imagino, nao conheço, mas se fosse sua mãe, amaria muito esse menino...
Seu primeiro trabalho, moldar os novos bancos da praça,
de metal, forte, duro...tem tambem assoalho, pra crianças
colocar o pé, fixar, nao balancar bontinho, sem alcançar o chão,
como o velho banco...