Lituânia

Também eu,

poeta distante,

sinto remorso

pelos horrores

do Mundo.

Pelo Mal

tão fecundo.

Que versos

eu deveria

ter escrito,

para amenizar

as dores

que avisto

no Tempo

que assisto.

Quem me calou

ante o terror

que nos assola,

a cada

rito de degola?

De onde eu trouxe

essa covardia

de nada dizer,

quando o grito

é tudo

que se pode fazer?

Dedicado ao Poeta Lituano C.Milocz, prêmio Nobel de Literatura em 1980.